quarta-feira, 13 de novembro de 2024

PicPay lança ferramenta que permite fazer Pix pelo WhatsApp. Veja como funciona 

Recurso estará disponível para todos os clientes do banco ao longo das próximas semanas 

Por Juliana Causin — São Paulo


Foto: AFP

O PicPay criou uma inteligência artificial (IA) no WhatsApp para realizar transferências via Pix de maneira automatizada. Resultado de uma parceria com a Microsoft e a Meta, o recurso será liberado gradualmente e estará disponível para todos os clientes do banco nas próximas semanas.

A ferramenta permite que o usuário envie mensagens de texto, áudios, fotos e capturas de tela para o assistente virtual, que identifica os dados e processa o início da transação. O usuário, então, é direcionado ao app do banco, onde finaliza a transação.

Para criar o recurso, o PicPay treinou o 'bot' com informações próprias e utilizou modelos de inteligência artificial da OpenAI, empresa que criou o ChatGPT. Esses modelos são liberados pela Microsoft para que empresas possam incorporar as IAs em seus produtos ou operações.

Já a Meta trabalhou com a companhia para viabilizar o robô. A companhia que é controladora do WhatsApp tem no Brasil um dos principais mercados do app de mensagens e vem ampliando os recursos voltados para negócios.

De acordo com Sandro Cachiello, líder de Desenvolvimento de Negócios da Meta, o país tem sido um dos líderes em inovações com IA no aplicativo, acessado por mais de 147 milhões de brasileiros, segundo estimativas de consultorias.

O assistente fica disponível em uma conversa separada no WhatsApp, como se fosse um contato próprio, e identificado com selo azul de conta verificada. A empresa afirma que as mensagens enviadas para a IA são criptografadas, e que os dados enviados na transação, como chaves Pix e instruções de pagamento, não são compartilhados externamente.

Segundo o PicPay, a IA é capaz de identificar, por exemplo, uma chave Pix escrita em um papel. Também pode ajudar a calcular despesas de grupos (como em uma nota fiscal de um restaurante) e interpretar o conteúdo bruto de uma mensagem encaminhada.

Além das funções com Pix, a inteligência artificial também poderá cadastrar débitos automáticos a partir de PDFs e ser programada para avisar sobre contas a vencer.

O fato de o cliente precisar confirmar as informações programadas pela IA no aplicativo do banco, garante que ele terá o controle das ações da ferramenta, que mitiga riscos de erro, diz Danilo Caffaro, vice-presidente de serviços financeiros PF do PicPay:

—O usuário pode fazer edições quando ele é direcionado para o app, validando que as informações são de fato as que eram desejadas quando o comando foi feito. Se for o caso, ele pode editar a transação — afirma Caffaro, que não revela quando a empresa investiu na IA.

O PicPay já vinha utilizando os modelos de IA da OpenAI, a partir da Microsoft, nos bots de atendimento ao cliente. No balanço financeiro do segundo trimestre deste ano, o banco afirmou aos investidores que a tecnologia aumentou os indicadores de satisfação dos clientes em atendimentos sem interação humana.

Com os novos recursos, o banco - que tem 57 milhões de contas e 36 milhões de usuários ativos - pretende desenvolver uma ferramenta que seja mais parecida com um assistente personalizado, o que o setor bancário tem chamado de “private banker” (algo como um “consultor financeiro pessoal").

O Itaú, com seu assistente virtual, e o Bradesco, com a Bia, estão entre as instituições financeiras que têm seguido esse caminho.

fonte:https://extra.globo.com/

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