Malvino Salvador fala das reprises de ‘Alma gêmea’ e ‘Cabocla’ e da carreira como empresário
Por Tábata Uchoa
Foto: Reprodução/Instagram
No ar em duas reprises na Globo — “Alma gêmea” e “Cabocla” —, Malvino Salvador está completando duas décadas de carreira como ator. Há nove anos longe das novelas, o ator diz que tem vontade de voltar ao ar:
— Se surgisse alguma oportunidade legal, eu faria com certeza. Tenho um carinho muito grande pela minha trajetória, adoro fazer novela, cinema, teatro e série. Não importa o formato. O mais importante é a qualidade da personagem, se ela tem enredo, se pode desenvolver algo bacana, se tem bons conflitos. Isso é o que dá prazer para o ator, não importa o meio.
Paralelamente à carreira de ator, Salvador, que é formado em contabilidade, tem várias frentes como empresário. Atualmente, ele é sócio de uma rede de academias de jiu-jitsu, uma de barbearias e de uma clínica de transplante capilar.
— Existem pessoas que nasceram para ser artistas e ponto. Nesses casos, acho que tem que investir 100% na profissão, porque é genuíno. Não adianta querer fazer algo para o qual você não tem vocação. No meu caso, eu não imaginava que seria ator. Fiz contabilidade, trabalhei na parte de finanças e vendas na iniciativa privada. Sempre quis ter o meu próprio negócio. Quando surgiu a oportunidade, fiquei apaixonado pela profissão de ator, mas, ao mesmo tempo, logo que entrei na Globo e comecei a ter um contrato de longo prazo e uma segurança financeira, falei: "Não posso ficar parado, não posso me acomodar aqui". Hoje, por exemplo, não tenho contrato com emissora nenhuma. Foi fundamental ter diversificado minhas fontes de renda. Além disso, é algo que me dá prazer. É algo que gosto de fazer. Não faria sentido ter passado tanto tempo estudando e trabalhando nessa área e não aplicar.
O ator conta como encarou o fim do contrato com a Globo, em 2020:
— Num primeiro momento, deu um baque. Eu com quatro filhos para cuidar. A conta aqui em casa é alta. Mas graças a Deus eu tinha conseguido criar um colchão. Ter outras fontes me amparou nesse sentido.
Malvino fala sobre a reprise de “Cabocla”, que marcou sua estreia na TV:
— Eu estava em meio a atores que admirava, e eles me receberam muito bem, como também receberam outros que estavam começando. Essa foi uma novela que lançou atores para um cenário um pouco mais de protagonismo, como a Vanessa Giácomo, o Eriberto Leão, que estava voltando após anos sem fazer novela, e a Maria Flor. Temos um grupo de WhatsApp com a maior parte do elenco, chamado "Cabocla". Estão diretores, atores e algumas pessoas da produção. Agora que a novela está reestreando, o grupo está animadíssimo. Isso mostra como fomos felizes naquele momento.
Pouco depois, ele fez “Alma gêmea”, também em reprise:
— “Alma gêmea” tem todos os ingredientes que uma novela precisa para dar certo. Ela trabalha em cima da questão de vilão e mocinho, que é fundamental, porque você cria uma torcida por um personagem ou pelo outro. Tem histórias paralelas que desembocam em perfis diferentes de público, é uma novela leve e com muito humor. O Walcyr Carrasco é genial nisso.
Malvino revela que não mostrava seus trabalhos na TV para as filhas. Ele é pai de Ayra, de 9 anos, Kyrara, de 7, e Rayan, de 3, frutos do seu casamento com a lutadora Kyra Gracie; e de Sofia, de 15, do relacionamento com Ana Ceolin.
— Eu nunca tinha mostrado meus trabalhos para elas, até porque têm contextos sexuais, então eu evito. Cada idade tem o seu momento. Mas em "Cabocla", mesmo as coisas que podem ter algum contexto sexual são singelas, bonitas, românticas, e eu acho que dá para assistir com elas. Assim como "Alma gêmea" também dá. Estou começando a mostrar um pouco do meu trabalho para elas. E elas adoram. Elas falam: "Papai, você era muito feio, agora você está mais bonito". Principalmente a Kyara, que tem 7 anos. Ela diz que eu estou melhor agora — explica o ator, aos risos.
fonte:https://oglobo.globo.com/
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