quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Banco Central devolve mais de R$ 1 bilhão por fraudes e falhas no Pix 

Autoridade monetária estuda fazer melhorias em mecanismo de ressarcimento 

Por Extra — Rio de Janeiro


Foto: Arquivo

O Banco Central (BC) recuperou mais de R$ 1 bilhão por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes ou falhas operacionais nas transações feitas com Pix. Somente em 2024, até julho, o mecanismo devolveu R$ 317 milhões aos usuários do serviço. Desde sua implementação, em novembro de 2021, o valor total reembolsado superou a marca de R$ 1 bilhão.

De acordo com dados do BC, entre janeiro e julho deste ano, foram registrados 2,5 milhões de pedidos de devolução por fraudes, mas apenas 32% das solicitações foram atendidas. No mesmo período, o valor recuperado por fraudes foi de R$ 284 milhões, representando cerca de 8% do montante reclamado.

Já em casos de falhas operacionais, foram registradas 63 mil ocorrências, com devolução de R$ 33 milhões dos R$ 73 milhões solicitados, uma taxa de sucesso de 45,1%.

Segundo o BC, a baixa taxa de recuperação de valores se deve, em grande parte, à rapidez com que os golpistas movimentam os recursos entre contas, dificultando o bloqueio e a devolução do dinheiro. O MED só funciona se houver recursos na conta de destino e os bancos têm um prazo de 30 minutos para abrir as solicitações de devolução após identificar a fraude, buscando agilizar o processo.

O Banco Central já trabalha na criação de uma versão aprimorada do mecanismo de devolução, apelidada de “MED 2.0”, em parceria com entidades bancárias e de pagamentos. A nova versão deve ser lançada até o fim de 2025 e permitirá o rastreamento completo das transações Pix, facilitando o bloqueio de recursos em contas utilizadas por golpistas.

Uma fraude que tem se tornado comum envolve o uso indevido do próprio MED. Nessa modalidade, o golpista contata o usuário após receber um Pix indevido e solicita a devolução do dinheiro, fornecendo uma chave Pix diferente da original. A vítima, acreditando agir corretamente, transfere os valores para a chave fornecida pelo golpista. Em seguida, o fraudador abre um protocolo no MED alegando ter sido vítima de golpe, levando à devolução do valor, que acaba sendo debitado da conta da vítima duas vezes.

fonte:https://extra.globo.com/

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