Execução de condenado é adiada 20 minutos antes do cumprimento da sentença no Texas
Supremo acatou pedido de teste de DNA que, segundo a defesa, pode inocentar Ruben Gutierrez da morte de idosa em 1998
Por Fernando Moreira
Foto: Reprodução
Faltavam cerca de 20 minutos para a execução de Ruben Gutierrez, de 47 anos, por injeção letal, em presídio em Huntsville (Texas, EUA), na terça-feira (16/7), quando a Suprema Corte dos EUA acatou um pedido da defesa do condenado para a relização de um exame de DNA.
Embora não tenha ficado imediatamente claro quanto tempo será o atraso na execução, ou mesmo se algum dia ela irá adiante, a porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas, Hannah Haney, confirmou o adiamento ao "USA Today".
Shawn Nolan, advogado de Ruben, disse que a interrupção do processo capital os deixará um passo mais perto de provar algo que sempre souberam.
"O Sr. Gutierrez vem solicitando testes de DNA há mais de uma década para provar que não matou a vítima neste caso", disse Nolan em comunicado.
Ruben foi condenado à morte pelo brutal assassinato de Escolastica Harrison, em 1998, com o objetivo de roubar as suas economias. O americano, entretanto, tem afirmado firmemente que testes de DNA provariam sua inocência no esfaqueamento fatal da idosa, que tinha 85 anos, durante o assalto à sua casa, em Brownsville. O pedido para o exame vinha sendo repetidamente negado durante o processo de apelação.
O condenado reconheceu que planejava roubar a professora aposentada, mas sempre afirmou que estava do lado de fora da casa dela quando os dois homens com quem estava entraram. Ele diz que nunca pensou que as coisas se tornariam violentas.
A Promotoria rebateu as alegações de Ruben, alegando que os seus esforços eram apenas uma "tática de adiamento" e acrescentando que "Gutierrez renunciou propositalmente aos testes de DNA no seu julgamento, em 1999".
"E ele aproveitou essa decisão estratégica nos últimos 20 anos para atrasar a execução da sua sentença", afirmou a Promotoria.
Alex Hernandez, sobrinho da vítima, estava esperando o início da execução quando recebeu um telefonema informando sobre o adiamento.
"Foi simplesmente devastador. É inacreditável. Sinto-me derrotado. Sei que ainda não acabou, mas neste momento eu me sinto derrotado", desabafou.
fonte:https://extra.globo.com/
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