terça-feira, 30 de julho de 2024

Ator de 'Família é tudo' descarta perfil em Onlyfans após participação em reality de pegação 

Caio Giovani abandonou carreira militar depois de frustração no quartel 

Por Thomaz Rocha


Foto: Divulgação; Reprodução/ X

Nas redes sociais, Caio Giovani, o Wilson de "Família é tudo", faz sucesso com seu físico e até brinca com os comentários que recebe na web. Apesar disso, ele não pensa em vender conteúdo em site adultos como muitos famosos fazem atualmente.

— Sou muito resolvido com meu corpo. Acho que o perfil no Onlyfans é um recurso que eu não colocaria ainda mais pela preocupação do estereótipo do preto sexualizado. Eu até tenho certa exposição, mas não tão profunda. Gosto de deixar uma coisa revelada e outras escondidas. Quero mesclar esse perfil do preto gostoso e inteligente. Por que a gente não pode ser os dois? Mas já mandei nudes várias vezes, apesar que fazia mais videochamada — conta o ator de 33 anos.

O ator chegou até a participar do "Máquina da fama", talent show do SBT, mas ele ficou mais conhecido por outro reality: o "Brincando com fogo", programa de relacionamento da Netflix.

— Eu não sabia que era um reality de pegação. Era uma oportunidade de ganhar um dinheiro na pandemia, mostrar meu trabalho e mostrar que sou politizado, bonito, inteligente e divertido. Chegando lá que percebi que era um lugar de pregação — garante ele, que se dizia um peixe fora d'água na atração: — Não sou um cara pegador. Sou uma pessoa de me envolver com uma pessoa só e de querer dar meu melhor a essa pessoa. Se fosse hoje eu não participaria, não me vejo mais fazendo mais esse tipo de programa, mas não me arrependo. Eu acho que foi um momento muito bom para minha vida, me abriu muitas portas, me conseguiu seguidores dali eu consegui fazer algumas publicidades e consegui dinheiro para me reerguer após a pandemia.

Atualmente, Caio garante que só participaria de outro reality show se fosse o "Big brother Brasil".

— Eu faria o "BBB" e venceria. Tenho uma receptividade muito gostosa do público. Gosto de conviver com pessoas, sei qual batalha eu iria travar, quais opiniões eu ia externalizar. Eu sempre me vi ganhando o BBB. É o único reality que eu participaria no momento — conclui o aquariano.

Em 2010, Caio foi trabalhar como recruta no exército e virou soldado para honrar o pai, já que era o sonho dele ser militar, mas por problemas de saúde nunca conseguiu fazer. Ele ficou no quartel por quatro anos, período que ele relembra como uma época de frustrações.

— Passei por uma situação muito covarde no quartel. Tentaram me prender, me reprimir pelo jeito que eu sou, pelo jeito de me vestir. Seja porque eu tinha um tênis vermelho, porque eu gostava de música, porque eu cantava... Infelizmente o quartel é um lugar de muito machismo. Não existe lá o lugar de justiça, o que existe é hierarquia, onde seu superior tem uma voz plena do que é cabível a ele. Sofri uma perseguição intensa. Foram os quatro anos mais chorados e complicados da minha vida — relembra o carioca.

Foi a irmã de Caio, Cássia Raquel, solista do Cirque de Solei, a responsável por o encorajar na arte. Assim, resolveu sair do quartel, em 2014, mesmo ano em que começou a investir na carreira artística. Antes mesmo de estrear seu primeiro papel fixo em uma novela, o artista já havia feito participações em outras produções da Globo, como "Malhação: seu lugar no mundo" (2015) e "Mister Brau" (2016).

Cria do teatro musical, Caio chegou a trabalhar em outras funções até se encontrar na arte. Filho de um aposentado e uma gari, ele se orgulha de sua trajetória.

— Nunca enxerguei a arte assim como trabalho para me sustentar. Eu sempre vi como fosse um acalanto onde refugiava meus problemas. Eu sempre trabalhei por contra própria, eu nunca gostei de pedir dinheiro para os meus pais. Eu ia para a praça de Ricardo de Albuquerque, bairro em que eu nasci, ajudava as moças a transportar as bolsas de compra, capinava. Depois de um tempo eu fui trabalhar numa lanchonete. Tentava conciliar esses trampos com o futebol, já que eu também era jogador de futebol. Joguei no Madureira, no Botafogo, São Cristovão e Bangu, mas não consegui me profissionalizar — conta o ator de 33 anos.

fonte:https://extra.globo.com/


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