Como ampliar as chances de conseguir uma vaga de emprego na sua área de formação Formação superior cresce no país, mas busca por oportunidade ainda é um desafio
Por Juliana Causin, Leticia Lopes e Mayra Castro — Rio de Janeiro e São Paulo
Foto: Maria Isabel Oliveira
A afinidade com Ciências Humanas e o interesse pelo que já tinha lido de Sigmund Freud, o “Pai da Psicanálise”, foram alguns dos atrativos que levaram a paulistana Brenda Gontan, de 24 anos, a escolher Psicologia na hora de ingressar na universidade, há cinco anos. Profissionalmente, ela esperava que a conclusão da graduação abrisse portas para uma vaga nas áreas de Recursos Humanos e Recrutamento.
— No final, não foi nada disso, o que é frustrante — desabafa a recém-formada, que tem dado aulas de Inglês e Alemão enquanto não acha um emprego em sua área de formação acadêmica.
A história de Brenda ilustra um paradoxo do mercado de trabalho: ao mesmo tempo em que nunca tantos brasileiros ingressaram no ensino superior, o diploma não tem sido garantia de vaga com carteira assinada ou salário compatível. Um estudo da Geofusion, ao qual o EXTRA teve acesso, mostra que só um em cada dez recém-formados nos cursos mais populares do país consegue uma vaga formal equivalente ao seu nível de capacitação.
— Continuo procurando vaga, mas tive que recorrer a segundas opções. Daqui para frente, é se reinventar — diz.
Mas o que deseja o mercado de trabalho, afinal? Para responder a essa pergunta, especialistas dão algumas dicas sobre o que faz um candidato dar match com uma empresa
Hoje, conhecimentos de tecnologia, big data (área que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados muito grande) e inteligência artificial também chamam a atenção dos empregadores. E quem busca cursos complementares nessas áreas amplia as chances de empregabilidade.
Do ponto de vista do “copo meio cheio”, o país registrou um recorde de 9,4 milhões de estudantes que chegaram à universidade em 2022, aponta o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19,7% dos brasileiros têm formação superior, índice baixo em relação a países desenvolvidos, mas o dobro dos 7,9% do início da década passada.
fonte:https://extra.globo.com/
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