terça-feira, 28 de maio de 2024

Cuidados com pele podem evitar que pintas evoluam para câncer


Foto: Freepik

Uso regular de protetor solar, roupas de proteção UV e óculos de sol, evitar exposição direta ao sol e não realizar bronzeamento artificial estão na lista
REGIÃO - MELLINA DOMINATO de O Imparcial de Presidente Prudente
Frequentes e, felizmente, em sua maioria, inofensivas, as pintas podem evoluir para câncer de pele devido a uma série de fatores, incluindo exposição excessiva ao sol ao longo do tempo, danos causados pelos raios UV (ultravioleta), predisposição genética e história familiar de câncer de pele. Por conta disso, os cuidados são extremamente importantes, destaca Ana Caroline Barreto Antunes, 35 anos, formada pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e que atua como dermatologista em Presidente Prudente. “Os principais cuidados são uso regular de protetor solar, evitar exposição direta ao sol, especialmente nos horários de pico, usar roupas de proteção UV e óculos de sol e não realizar bronzeamento artificial”, ressalta.
Segundo a médica, a recomendação é que as pintas sejam avaliadas por um dermatologista ao menos uma vez ao ano. “Em caso de histórico familiar ou mesmo pessoal de câncer de pele prévio, esse tempo pode ser encurtado”, frisa.
Destaca a especialista que o paciente deve desconfiar de uma pinta se notar mudanças significativas em sua cor, tamanho, forma ou textura. “Qualquer pinta que comece a sangrar, coçar, crescer rapidamente ou apresentar bordas irregulares deve ser examinada por um dermatologista”, orienta.
Regra ABCDE
A especialista explica que a regra “ABCDE” é uma ferramenta útil para avaliar pintas:
A - Assimetria: verifique se a pinta tem uma forma assimétrica.
B - Bordas: observe se as bordas da pinta são irregulares, mal definidas ou borradas.
C - Cor: preste atenção se há variações de cor na pinta, como tons de marrom, preto, azul ou vermelho.
D - Diâmetro: observe o tamanho da lesão. Pintas maiores que seis milímetros devem ser avaliadas.
E - Evolução: fique atento a qualquer mudança na pinta ao longo do tempo, como crescimento, sangramento, coceira ou alterações na textura.
“Se uma pinta exibir alguns desses sinais, é recomendável consultar um dermatologista para avaliação adicional. O fato de ter alguma alteração citada não indica a necessidade direta de remoção, apenas que a pinta deve ser avaliada pelo especialista”, expõe.
Visão da pele
O diagnóstico de uma pinta é realizado por meio do exame clínico e também do dermatoscópico, esclarece Ana Carolina. “O dermatoscópio é um dispositivo que amplia a visão da pele, como uma lupa, ajudando a identificar características específicas da pinta. Se houver alguma preocupação, o dermatologista pode optar por realizar a remoção da pinta e enviar o tecido para análise, que irá determinar se a pinta é benigna ou se requer tratamento adicional”, conclui.

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