13º do INSS: veja dicas para usar o dinheiro da segunda parcela do abono da melhor forma
Segunda parcela do abono anual será paga junto com benefício referente a maio
Por Leticia Lopes — Rio de Janeiro
Foto: Pedro França/Agência Senado
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber nesta sexta-feira (dia 24) a segunda parcela do 13º salário. Depositado junto com o benefício referente ao mês de maio, o valor extra no orçamento pode servir para quitar uma dívida, realizar algum projeto ou ser poupado para uma futura emergência. Por isso, é preciso planejar seu uso.
O cronograma de pagamento varia de acordo com o número final do benefício (veja no final). No caso da segunda parcela, os valores serão depositados entre este dia 24 e o dia 7 de junho.
A primeira parte do abono – que corresponde a 50% do total, sem a incidência dos descontos – foi paga entre os dias 24 de abril e 8 de maio, junto com o pagamento referente a abril. Agora, na segunda parcela, serão cobrados os descontos como o do Imposto de Renda.
Luis Guingo, planejador financeiro CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), explica que para aproveitar o dinheiro extra o primeiro passo deve ser ser fazer uma análise do orçamento para entender qual uso dos valores faz mais sentido.
– A ideia é utilizá-lo, principalmente, para conseguir gerar um resultado na sua vida financeira que só com a sua renda normal você não conseguiria – afirma.
Se a prioridade do aposentado ou pensionista é colocar o orçamento em ordem, o planejador recomenda que se observe as condições para que a dívida seja quitada da maneira mais vantajosa.
– Às vezes, dependendo da origem da dívida, os juros são absurdos e fica um recurso impagável. Antes de pagar, é bom conversar para renegociar e tentar baixar o preço, ou até mesmo esperar os feirões que acontecem no país para pagar com desconto e não se descapitalizar – orienta.
Aproveitar os valores extras para criar uma reserva de emergência também pode ser uma boa ideia. Os recursos poupados servem para imprevistos, como um reparo de última hora na casa, um conserto no carro ou até mesmo um problema de saúde.
– Se ocorrer alguma emergência algum momento a pessoa não vai ter de onde tirar dinheiro, vai se apertar, atrasar outras contas, ao passo que se tivesse uma reserva naquele momento conseguiria tirar dali e não impactar o seu caixa mensal. Pensar na possibilidade de montar uma reserva de emergência é também uma forma de aproveitar melhor esse adiantamento – diz.
A chegada de um valor extra do orçamento também pode possibilita a realização de planos que antes não eram possíveis apenas com a renda mensal, como comprar algo que se deseja ou fazer melhorias em casa, mas é preciso equilíbrio.
– Comprar um bem que antes não era possível por falta de recursos também é uma opção a se considerar, caso a pessoa não tenha dívidas que sejam renegociáveis e possíveis de quitar e já eventualmente tenha uma reserva de emergência. Esse desejos e necessidades são válidos e podem fazer sentido caso não haja uma prioridade que torne a vida financeira dessa pessoa mais saudável – recomenda Guingo.
Além disso, outro ponto a se considerar é se o pagamento à vista vale a pena:
– Muitas lojas têm a armadilha de ofertas com parcelamento sem juros, mas desconto à vista, o que na prática quer dizer que o parcelado tem juros. Ainda assim, é bom sempre avaliar a possibilidade do parcelado, porque se você tem de fato uma compra dividida sem juros, e um desconto à vista muito pequeno, geralmente vale mais a pena optar pelo parcelamento, porque aí você dilui aquela despesa ao longo dos meses e o adiantamento do 13º durante esse período pode ficar rendendo num investimento.
Segundo o governo, cerca de 33,6 milhões de beneficiários serão contemplados com o adiantamento do abono. A medida vai injetar aproximadamente R$ R$ 33,68 bilhões na economia, conforme indicado pelos dados da folha de pagamentos de março.
O 13º salário é destinado a aposentados, pensionistas e pessoas que receberam, ao longo de 2024, benefícios temporários, como auxílio por incapacidade temporária e auxílio-reclusão. No entanto, o valor é proporcional ao tempo de recebimento do benefício.
Os beneficiários do salário-maternidade também têm direito ao 13º proporcional, porém, ele é pago junto com a última parcela do benefício.
Quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) ao Idoso e à Pessoa com Deficiência não tem direito ao valor adicional.
Para verificar o valor do 13º salário, os beneficiários podem acessar o site ou o aplicativo Meu INSS. No extrato de pagamento, o valor será identificado pelo código 104. É possível gerar um PDF do extrato para referência futura.
fonte:https://extra.globo.com/
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