sexta-feira, 1 de março de 2024

Com chuvas abaixo da média histórica, mês de fevereiro chega ao fim como o mais quente nos últimos 10 anos na região de Presidente Prudente

Pode ser uma imagem de árvore e eclipse

Foto: Júlia Guimarães/g1
Climatologista Vagner Camarini prevê para março oscilação nas temperaturas entre 17º e 35ºC.
Por Júlia Guimarães, g1 Presidente Prudente
O verão é a estação do ano caracterizada por altas temperaturas e pancadas de chuvas em pontos isolados na região de Presidente Prudente (SP). Em contrapartida, fevereiro de 2024 registrou o índice de chuva abaixo da média histórica, segundo dados apurados pelo climatologista Vagner Camarini.
O pesquisador informou ao g1 que a média no Oeste Paulista, em fevereiro, costuma ser de 180 milímetros (mm) de chuva. No entanto, em 2024, o acumulado foi de 150mm na região de Presidente Prudente.
Já em relação à temperatura, o climatologista explicou que ficou dentro do esperado devido ao fenômeno do El Niño. Entretanto, ressaltou que este mês foi o mais quente nos últimos 10 anos, com a temperatura mais alta registrada próxima ao recorde histórico.
“A temperatura máxima registrada neste mês foi de 37,5°C e o recorde histórico é de 38°C. Apesar de ser o fevereiro mais quente dos últimos 10 anos, não foi registrado recorde de temperatura”, explicou ao g1.
Camarini ainda afirmou ao g1 que o calor, além de ser típico para esta época do ano, está intensificado devido ao El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, próximo à região do Equador, que gera ondas de calor extremo e diminuição da umidade relativa do ar. Desta forma, todo o calor e a umidade da região equatorial são direcionados para o sul e o sudeste do Brasil.
Impactos
O calor intenso e a falta de chuva podem impactar negativamente na saúde respiratória da população, bem como na vida no campo. Segundo o climatologista, a agricultura é um dos setores mais afetados economicamente pelo calor, visto que a vegetação necessita de água para desenvolver-se.
E, ainda conforme Camarini, para não ter prejuízos com as altas temperaturas e o clima seco, os agricultores têm feito gastos com equipamentos para amenizar o forte calor e o custo para a irrigação.
Já para a saúde humana, a onda de calor exige uma redobrada atenção. Entre os riscos, destacam-se sintomas que vão de ressecamento da pele, oscilações da pressão arterial, e desconforto nos olhos, na boca e no nariz.
“Com relação à saúde, devemos nos proteger do sol nos períodos mais quentes do dia, usar protetor solar e ingerir muito líquido para nos hidratar”, recomendou Camarini.
Águas de março
Conforme o climatologista, março se inicia com o clima típico de verão. Por isso, a região de Presidente Prudente passará por mais uma onda de calor.
Segundo Camarini, a previsão é de que o acumulado de chuvas fique entre 130mm e 160 mm, com a maior quantidade na primeira quinzena do mês. Ele também pontuou que a média histórica de chuva, em março, é de 135mm.
Ao g1, Camarini também explicou que, com o El Niño perdendo força, as temperaturas máximas tendem a diminuir e devem oscilar em torno dos 17°C e 35ºC.
“Março é o mês em que termina o verão e se inicia o outono, portanto, as chuvas começam a diminuir em frequência e intensidade. Logo, o início é quente e chuvoso”, finalizou.

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