segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Maria Beltrão fala sobre intervenções estéticas: 'Fiz barriga e peito. Me libertei do sutiã, que espetacular!' 

Apresentadora do 'É de casa', que autografa livro na Bienal do Rio neste sábado, alerta para a vaidade com consciência e diz que trocar o jornalismo pelo entretenimento foi uma grande ousadia: 'Cometê-la vem me rejuvenescendo dia após dia' 

Por Naiara Andrade


 Foto: João Miguel Júnior/Globo/Divulgação

Foram 1,9 mil exemplares de “O amor não se isola” autografados em três lives, realizadas em 2020, quando o livro foi lançado. Mas nenhuma dedicatória com assinatura para seus leitores aconteceu olhos nos olhos. Não à toa, Maria Beltrão está ansiosa pelo encontro com o público, hoje à tarde e à noite, na Bienal do Livro, no Riocentro, na Zona Oeste da cidade.

— Estou muito animada de poder lançar esse livro presencialmente. Brinco que sou um ser pegajoso. Amasso as pessoas (risos)! É muito comum eu ouvir por aí: “Posso te dar um abraço?”. Então, na Bienal vai ser autógrafo e abraço — antevê a jornalista e apresentadora.

Desde a pandemia da Covid — período de reclusão que a motivou a escrever essa espécie de diário com reflexões íntimas sobre a vida, que foi editado para publicação —, muita coisa aconteceu na vida dessa esfuziante virginiana, que completou 52 anos na última quinta-feira, dia 7.

— Depois do lançamento de “O amor não se isola”, fiz 50 anos, sendo 25 deles de hard news, e tomei a decisão e a coragem de tentar algo novo. Eu estava há anos na GloboNews, canal que ajudei a fundar, fazendo o que eu já sabia fazer, no meu lugar de segurança. Foi uma grande ousadia, e cometê-la vem me rejuvenescendo dia após dia. O efeito colateral do confinamento foi que eu me libertei de todas as amarras e voei. Não esperava que essa transição fosse tão suave, estava pronta para enfrentar uma resistência. Se os solavancos viessem, eu aguentaria. Mas acho que voei no momento certo. É essa sabedoria que a experiência traz pra gente — reflete Maria.



— Foto: Divulgação

Do Estúdio i”, no canal por assinatura, ao “É de casa”, da TV Globo, a comunicadora ganhou ainda mais popularidade.

— A TV aberta atinge muito mais gente, o povão. É muito legal ter um retorno de pessoas que antes não vinham falar comigo. Estou desengessando — observa ela, dizendo-se sempre aberta a sugestões: — Quando o meu público mudou, percebi que eu não poderia continuar a mesma. Sou uma conversadeira compulsiva, gosto de ouvir o que esperam de mim, fico atenta. Já me disseram que queriam me ver mais na cozinha do programa, dando meus pitacos. Essa cobrança positiva faz com que eu me aventure no que eu não fazia antes. É um mundo novo a explorar.

Do jornalismo ao entretenimento, o cotidiano profissional de Maria, é claro, também não é mais o mesmo.

— Sem dúvida nenhuma, agora tenho menos trabalho, não vou mentir. É menos intensidade e menos rotina. Demorei a me acostumar com isso. Cadê aquele meu dia que começava às 8h da manhã e acabava às 16h? Acordava às 4h, começava a falar com as fontes... Era superexaustivo, “todo dia ela faz tudo sempre igual”. Agora, não — conta, detalhando: — Às quartas-feiras, tenho uma reunião longa, em que a gente determina como serão as cinco horas de programa. Aí já sei tudo o que vamos ter no sábado, as entrevistas que preciso preparar. E às sextas-feiras temos os ensaios, com a marcação do tempo para os quadros, a culinária. No restante da semana, aproveito a flexibilidade para ir à casa das pessoas, gravar entrevistas externas.

Toda a mudança, ela confessa, lhe trouxe mais leveza.

— Num sábado de manhã (quando o “É de casa” é exibido, ao vivo), não dá pra falar sobre temas pesados. As pessoas estão acordando, o fim de semana está começando... Essa riqueza de assuntos para fazer a manhã de todo mundo mais feliz me encanta e me inspira. Eu faço na minha casa as receitas culinárias do programa, acredita? Sou ao mesmo tempo apresentadora e aprendiz. Estou curtindo demais esse barato!

— Fiz abdômen e peito. Eu já tinha passado por uma lipo, aos 20 anos, que deu errado. Aí não quis mais saber disso. Só que quando entrei na menopausa apareceu em mim uma barriga em forma de dois saquinhos caídos. Uma coisa estranha, flácida... Aquilo começou a me incomodar de tal maneira que eu não conseguia mais olhar. E meus peitos não estavam tão felizes da vida, entende? Como eu já ia mexer na barriga, decidi operá-los também. Não quis próteses, nada estranho dentro de mim. Só dei uma levantadinha. E como me deu autoestima! Amei! Consegui até emagrecer depois, porque fiquei estimulada a fazer dieta. E me libertei do sutiã. Que coisa espetacular! Já que falamos sobre liberdade anteriormente, aí está mais uma que eu conquistei nesses últimos tempos (gargalhadas).

fonte:https://extra.globo.com/



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