sexta-feira, 30 de junho de 2023

Com vítimas em Presidente Prudente, Operação Psiquê prende cinco golpistas e cumpre 31 mandados de busca e apreensão


— Foto: Polícia Civil

Ao todo, 28 pessoas, entre liderança, operadores ou aliciadores de contas e correntistas, foram indiciadas e responderão ao processo criminal.
Por g1 Presidente Prudente
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (30), a Operação Psiquê, que prendeu cinco golpistas e cumpriu 31 mandados de busca e apreensão em nove cidades no estado do Rio Grande do Sul. Os golpistas fizeram vítimas em Presidente Prudente (SP).
De acordo com a Polícia Civil, as investigações tiveram início após 12 registros de ocorrência em Presidente Prudente relatando ação criminosa parecida. Os policiais constataram que os golpistas entravam em contato com as vítimas pelas redes sociais, trocavam mensagens e fotos íntimas, expondo garotas nuas e recebendo “nudes” das vítimas (predominantemente homens).
Em seguida, os criminosos telefonavam às vítimas e simulavam serem pais dessas meninas “menores de idade” ou até mesmo policiais de outros estados do país, exigindo dinheiro para não divulgar o conteúdo de intimidade nas redes sociais e/ou não efetuar denúncias falsas que possam levar as vítimas à prisão.
Para os crimes, os golpistas falsificavam chips de operadoras, criavam perfis falsos, usavam fotografias de autoridades públicas reais, enviavam vídeos de delegacias, fóruns, supostos mandados de prisões e até mesmo cenas de sangue e velório, simulando suicídio de adolescentes.
A operação foi realizada nas cidades de Porto Alegre (RS), Sapucaia do Sul (RS), Viamão (RS), São Sebastião do Caí (RS), Alvorada (RS), Esteio (RS), Guaíba (RS), Canoas (RS), Seberi (RS) e Balneário Camboriú (SC), cumpriu 31 mandados de busca e apreensão residencial, prendeu cinco pessoas preventivamente e, segundo a Polícia Civil, bloqueou dezenas de contas bancárias.
Ao todo, 28 pessoas, entre liderança, operadores ou aliciadores de contas e correntistas, foram indiciadas e responderão ao processo criminal. Após o fim da investigação será deliberado, ou não, pela necessidade da prisão processual dos demais envolvidos. Todos responderão pelos crimes de extorsão, falsa identidade, organização criminosa e lavagem de capitais.
Conforme a Polícia Civil, o nome da operação faz alusão à divindade da mitologia grega de mesmo nome, que representa a personificação da alma, e faz metáfora as pessoas que, acreditando haver conhecido e conquistado uma pessoa, são traídos pelo instinto de suas próprias sexualidades.

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