terça-feira, 23 de maio de 2023

Tribunal aumenta pena de pais britânicos por morte de filha obesa 

Adolescente de 16 anos foi encontrada em condições 'indignas a um animal' após morrer por inflamação e infecção de uma úlcera decorrente de sua obesidade e imobilidade 

Por AFP — Londres




fonte: Sky News

Na última sexta-feira, um tribunal de apelações britânico decidiu aumentar as sentenças dos pais de Kaylea Titford, uma adolescente obesa que faleceu em condições deploráveis. Kaylea, de 16 anos, foi encontrada em sua casa em Newton, País de Gales, em outubro de 2020, em um estado considerado "indignas para um animal", com roupas e lençóis sujos.

A jovem pesava 146 kg e sua morte foi causada por inflamação e infecção decorrentes de uma úlcera resultante de sua obesidade e falta de mobilidade. No início de março, seu pai, Alun Titford, de 45 anos, que negou as acusações, foi condenado a sete anos e meio de prisão. Já sua mãe, Sarah Lloyd-Jones, de 40 anos, que se declarou culpada, recebeu uma sentença de seis anos.

No entanto, após um recurso apresentado pelo Ministério Público, as penas foram aumentadas para 10 anos para o pai e 8 anos para a mãe. O juiz Andrew Popplewell, um dos três magistrados responsáveis pelo julgamento, descreveu as circunstâncias da morte como "extremas" e afirmou que Kaylea viveu em condições de miséria inimaginável.

A acusação argumentou que as sentenças originais foram "indevidamente brandas" e não refletiam adequadamente "a culpa, a gravidade do crime e as circunstâncias agravantes". Os serviços de emergência que foram chamados à casa da adolescente em 10 de outubro de 2020 para constatar sua morte relataram um forte odor de decomposição no quarto.

Durante o primeiro julgamento, foram encontrados vermes no local, e especialistas acreditam que eles tenham se alimentado do corpo da vítima. Kaylea vivia em lençóis sujos, espalhada em esteiras de cachorro, em um quarto imundo e bagunçado, com frascos de urina. Segundo a denúncia, a jovem não recebia acompanhamento médico ou físico desde 2017 e permaneceu imóvel na cama durante a pandemia de COVID-19. Ela não retornou à escola mesmo após a suspensão das restrições, pois sua condição a impedia de utilizar a cadeira de rodas.

fonte:https://extra.globo.com/

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