quarta-feira, 1 de março de 2023

 

Cresce uso de cartões entre mais ricos; mais pobres utilizam crédito e débito para gastos maiores com alimentação e combustíveis

Pesquisa analisou uso de cartões dos brasileiros a partir de base de dados da operadora
Pesquisa analisou uso de cartões dos brasileiros a partir de base de dados da operadora Foto: Getty Images/iStockphoto
Leticia Lopes
Foto: Getty Images/iStockphoto

Enquanto pessoas com maior renda passaram a usar mais o cartão de crédito no ano passado, consumidores de menor renda — que recebem até um salário mínimo — passaram a quitar mais despesas com alimentação e combustíveis usando cartões de crédito e débito. É o que aponta uma pesquisa feita pela empresa de pagamentos Elo.

O estudo traçou o comportamento de consumo dos brasileiros em 2022 a partir da base de dados da empresa, com mais de 43 milhões de cartões ativos em todas as regiões do país.

De acordo com a análise, a alimentação dentro e fora de casa e os combustíveis pesaram mais no orçamento doméstico, e representaram 47% das despesas pagas por brasileiros mais pobres com cartões. Já entre o público de maior renda, esse percentual cai para 26%. Na média geral, a participação média foi de 41%.

Enquanto isso, a alta nos gastos com cartão de crédito foi 1,3 vezes maior entre o público de maior renda (46%), do que entre os mais pobres (20%).

No crédito parcelado, essa diferença foi ainda maior (de 6,8 vezes): os gastos do público de maior renda avançaram 48%, contra 6% entre aqueles de menor renda.

Os gastos com cartões que mais cresceram foram os de recreação e lazer (33%), bares e restaurantes (11%), serviços educacionais (10%), serviços de transporte (10%) e comércio varejista de alimentos (8%).

Já os maiores valores médios foram registrados nos seguintes segmentos:

  1. Turismo e viagens: R$ 311
  2. Comércio veicular e serviços automotivos: R$ 264
  3. Serviços educacionais: R$ 223
  4. Eletroeletrônicos, móveis e decoração: R$ 221
  5. Serviços e materiais de construção: R$ 186
  6. Comércio atacadista especializado: 153
  7. Vestuário, óticas e acessórios: R$ 144
  8. Veterinária e pet shop: R$ 142
  9. Lojas de departamento: R$ 126
  10. Recreação e lazer: R$ 93

Compras on-line

A pesquisa também revela que as compras on-line subiram 26% entre dezembro de 2021 e 2022. Consumidores mais pobres gastaram, em média, R$ 59 por compra. Já a classe média e os mais ricos consumiram uma média de R$ 199. Além disso, 91% das compras no e-commerce foram feitas na função crédito.

fonte:https://extra.globo.com/

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