quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Polícia Civil conclui inquérito de feminicídio e aponta que policial militar assassinou jovem de 18 anos por ciúmes, em Teodoro Sampaio


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— Foto: Betto Lopes/TV Fronteira

Crime vitimou Kássia Ketlin Teixeira dos Santos em 4 de outubro de 2022. Depois de 13 dias internado, Robson Silva de Lima morreu no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente (SP).
Por Roberto Kawasaki e Rodrigo Marinelli, TV Fronteira e g1 Presidente Prudente
A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (3), o inquérito policial que investigou o feminicídio de Kássia Ketlin Teixeira dos Santos, de 18 anos, na cidade de Teodoro Sampaio (SP). Segundo o documento, o policial militar Robson Silva de Lima, de 32 anos, teria atirado contra a vítima com uma arma da corporação em que trabalhava motivado por ciúmes durante uma discussão, no dia 4 de outubro de 2022.
O homem, após o assassinato, ainda disparou um tiro contra a sua própria cabeça.
Ele foi socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 17 de outubro de 2022, no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente (SP), onde estava internado.
O delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pelas investigações, detalhou a conclusão do inquérito e afirmou que as apurações confirmaram que o crime aconteceu durante uma discussão motivada por ciúmes.
"Concluído o inquérito policial que apura as circunstâncias da morte da jovem Kássia e do policial militar Robson. As percepções iniciais foram confirmadas. Concluiu-se que o policial militar, motivado por ciúmes, efetuou um disparo, com a arma da corporação, a curta distância, atingindo o rosto da vítima e acarretando na sua morte instantânea. Em sequência, o policial atira contra a sua própria cabeça, acaba sendo socorrido, mas, dias depois, evolui a óbito no Hospital Regional de Presidente Prudente", disse Caparroz.
Conforme o inquérito, a jovem foi morta por conta de um disparo que a atingiu na região malar esquerda, transição com região nasal, logo abaixo da região orbitária.
Já o homem, depois de 13 dias internado, morreu por traumatismo cranioencefálico, após atirar contra si mesmo na região temporal esquerda do crânio.
Relembre o caso
De acordo com informações da Polícia Civil, a mãe da vítima não conseguiu fazer contato com ela e acionou a Polícia Militar, por meio do 190. Uma equipe foi encaminhada até a residência, na madrugada do último dia 5 de outubro, e tentou contato com o casal, mas não obtiveram resposta. Sobre o muro, através de uma janela, visualizaram manchas de sangue nas paredes, o que teria motivado a equipe adentrar ao quintal, segundo o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Caparroz.
Entre a sala e um dos quartos do imóvel, eles encontraram a mulher sem vida e com marca de disparo de arma de fogo na região do rosto. Já o homem foi encontrado desorientado e também com ferimento de arma de fogo, que atravessou a cabeça e atingiu internamente a região dos olhos.
"O cenário apresentado, analisando com a perícia, as lesões, o encontro da disposição dos móveis na casa, indicam que, por motivos a serem esclarecidos, ele efetuou um disparo de arma de fogo, com a arma da corporação, que atingiu a face da vítima, logo abaixo do olho direito. Provavelmente, o que indica, é que ele teria praticado suicídio. Teria efetuado um disparo contra a própria cabeça, que essa munição transfixou e atingiu internamente a região dos olhos”, relatou ao g1, um dia após o crime, o delegado responsável pelo caso, Edmar Rogério Dias Caparroz.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e o homem foi socorrido para o hospital do município, onde foi entubado e transferido para o HR em Presidente Prudente. Ele morreu no local, depois de 13 dias internado, no dia 17 de outubro de 2022.
Ainda conforme o delegado, as duas cápsulas das munições foram encontradas no interior da residência, enquanto a arma utilizada era da corporação e também foi apreendida. Além disso, três aparelhos celulares foram recolhidos pelos policiais para o início das investigações.
Na residência também foi encontrado um bebê, com cerca de um ano, filho da vítima em um outro relacionamento. A criança foi entregue para familiares da vítima e não teve ferimentos.
Segundo Caparroz, não havia registros formais de desentendimentos entre Kássia Ketlin e Robson, mas as diligências iniciadas durante a madrugada, por meio de entrevistas com vizinhos, amigos e familiares, apontaram brigas frequentes entre eles, motivadas, aparentemente, por ciúmes mútuos.

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