EUA executam a primeira prisioneira trans na sua história
Foto: Reprodução/Federal Public Defender Office
O governador do Missouri (EUA), Mike Parson, rejeitou o último apelo de clemência, e o estado americano executou, na noite desta terça-feira (3/2), a primeira condenada trans na história dos EUA, afirmou o "Washington Post".
Amber McLaughlin, de 49 anos, foi condenada à pena capital em 2006 depois de esfaquear uma ex-namorada até a morte após uma campanha de perseguição contra a vítima, três anos antes. O corpo foi jogado às margens do rio Mississippi, em St. Louis.
A condenada foi executada por injeção letal.
Antes da execução, Amber falou baixinho com um conselheiro espiritual ao seu lado enquanto a dose fatal de pentobarbital era injetada. McLaughlin respirou pesadamente algumas vezes, depois fechou os olhos. Ela foi declarada morta alguns minutos depois.
"Sinto muito pelo que fiz", disse a mulher trans em uma declaração final por escrito. "Eu sou uma pessoa amorosa e carinhosa", acrescentou.
A petição de clemência citou a infância traumática e os problemas de saúde mental de Amber, que o júri nunca ouviu no julgamento há quase duas décadas. Uma mãe adotiva esfregou fezes no seu rosto quando ela era criança e o seu pai adotivo usou uma arma de choque nela, de acordo com documento, que também citou depressão severa resultando em várias tentativas de suicídio, tanto quando era criança quanto na fase adulta.
Embora a disforia de gênero também tenha sido citada na petição, sua identidade sexual "não é o foco principal" do pedido de clemência, disse o advogado de Amber, Larry Komp, antes da negação do governador do Missouri.
Um banco de dados no site do Centro de Informações sobre a Pena de Morte, que é contrário às execuções, mostra que 1.558 pessoas foram executadas no país desde que a pena de morte foi restabelecida em meados da década de 1970. Todos, exceto 17 dos condenados à morte, eram homens. O centro disse que não há casos anteriores conhecidos de um preso abertamente transgênero sendo executado. Amber começou a transição há cerca de três anos, na prisão estadual de Potosi.
fonte:https://extra.globo.com/
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