sexta-feira, 30 de setembro de 2022

 

Patrocinador da Dinamarca exibe uniforme de protesto: 'Apoiamos a seleção, mas não o Catar como sede da Copa'


A hummel, patrocinador da Dinamarca, fez um protesto conta o Catar como país que vai sediar a Copa do Mundo. A marca divulgou o uniforme da seleção com escudo e logotipo quase invisíveis.

"Com as novas camisas da seleção dinamarquesa queríamos enviar uma dupla mensagem. Não só são inspiradas pelo Euro'92, prestando homenagem ao maior sucesso do futebol dinamarquês, mas também um protesto contra o Catar e o seu historial em matéria de direitos humanos. É por isso que afinamos todos os detalhes das novas camisas da Dinamarca para a Copa do Mundo, incluindo o nosso logotipo. Não queremos ser visíveis durante um torneio que já custou a vida a milhares de pessoas. Apoiamos a seleção dinamarquesa até ao fim, mas não apoiamos o Catar como sede do Mundial. Acreditamos que o desporto deve unir as pessoas. E quando tal não acontece, queremos marcar uma posição", escreveu a marca, nas redes sociais.

A Dinamarca está no grupo D da Copa do Mundo, junto com Austrália, França e Tunísia. A estreia será no dia 22 de novembro, contra os tunisianos. A federaçao do país tem sido uma das que mais se posicionou na defesa de direitos humanos no país asiático, além de outras questões como a proibição da homossexualidade.

Em um segundo post, a fornecedora destacou o terceiro uniforme da Dinamarca, na cor preta - a cor do luto. Isto como uma manifestação em apoio a todas as vítimas que morreram no trabalho de construção dos estádios para o Mundial no Qatar.

"Preto: A cor do luto. A cor perfeita para a terceira camisa da Dinamarca para a Copa do Mundo deste ano. Apesar de apoiarmos a seleção dinamarquesa o tempo todo, isso não deve ser confundido com o apoio a um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Desejamos fazer uma declaração sobre o histórico de direitos humanos do Qatar e seu tratamento aos trabalhadores migrantes que construíram os estádios da Copa do Mundo no país", escreveu.

A Anistia Internacional alega que há evidências da falta de proteção aos trabalhadores imigrantes durante os anos de preparação da Copa do Mundo no Qatar. O Catar foi escolhido pela Fifa como sede da Copa deste ano em 2010. Visando preparar Doha para o evento, o governo do país investiu US$ 220 bilhões na construção de estádios e infraestrutura. Essas obras acabaram por atrair centenas de milhares de trabalhadores migrantes, vindos especialmente de regiões pobres de países asiáticos como Nepal, Índia, Bangladesh e Paquistão.

fonte:https://extra.globo.com/

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