segunda-feira, 8 de agosto de 2022

 

Mãe de menino que pediu ajuda do 190 para família comer recebe doações e oferta de serviço

Célia beijo o filho de 11 anos que ligou para a Polícia Militar em Belo Horizonte e disse estar passando fome
Célia beijo o filho de 11 anos que ligou para a Polícia Militar em Belo Horizonte e disse estar passando fome
Bruno Alfano

"Três dias atrás, era só água de fubá. De manhã, doce, à noite, de sal. Hoje eu posso escolher o que fazer paras as crianças. Estou muito feliz e grata a todo mundo que se sensibilizou. É só gratidão a todos". O relato é da dona de casa Célia Arquimino Barros, de 46 anos, mãe do menino Miguel, de 11, que ligou para a Polícia Militar (PM) na noite da última terça-feira (2) para falar que a família estava com fome.

Além das doações que encheram a despensa da casa, Célia recebeu uma oferta de trabalho, em esquema freelance. No próximo fim de semana, ela vai trabalhar em um evento.

Mas a dona de casa, que está desempregada há cinco anos, ainda quer ter a carteira assinada. Ela tem experiência como segurança e bombeiro civil.

"Depois dessa repercussão toda, veio notícia boa, sim. Eu já vou até fazer freelance no final de semana. Mas eu gostaria de um emprego formal fichado para eu ter uma garantia todo mês, certinho, e não passar a dificuldade que estava passando com os meninos", disse Célia.

Célia vive com seis filhos no bairro São Cosme, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nesta quarta-feira (3), a família recebeu a visita de uma equipe da assistência do município para a atualização do cadastro junto à prefeitura.

A casa de Miguel e os irmãos também está passando por reparos. A porta, que não estava funcionando, foi substituída por uma nova.

Miguel ligou para o 190 para pedir ajuda à Polícia Militar (PM) na noite da última terça-feira (2).

“Minha mãe estava chorando no canto, eu pedi o telefone e liguei”, disse o garoto.

A família estava sem comprar alimentos havia quase três semanas.

Policiais do 35º Batalhão da PM foram até a casa de Célia e constataram que não se tratava de um caso de maus-tratos.

"A guarnição ficou bastante comovida ouvindo os relatos das crianças, que há três dias eles estavam se alimentando apenas com água e fubá", afirmou o tenente Nilmar Moreira.

fonte:https://extra.globo.com/

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