quarta-feira, 29 de junho de 2022

 

No Dia do Orgulho LGBTQIAP+, Silvero Pereira fala sobre a representatividade de Zaquieu em 'Pantanal'


Por: Naiara Andrade 

Zaquieu (Silvero Pereira) desembarca na fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira) no capítulo da próxima quinta-feira (dia 30) de “Pantanal”. E a chegada do mordomo, na companhia de Mariana (Selma Egrei) e de Irma (Camila Morgado), vai causar estranhamento no rei do gado e em Filó (Dira Paes), num primeiro momento, e depois em Tadeu (José Loreto) e no restante dos peões. O preconceito velado vem à tona, e Zaquieu se sente deslocado naquele ambiente. O constrangimento é tamanho que ele chega a deixar um bilhete de despedida para a patroa, decidido a voltar para o Rio.

“Vai ter um choque muito grande para os personagens dali, porque eles veem chegar uma figura completamente diferente do que estão acostumados. Se eles estavam assustados com o comportamento do Jove (Jesuita Barbosa), imagina o que vai acontecer com esses peões com o comportamento do Zaquieu! A gente gravou algumas cenas em que ele chega no meio da peãozada pra conversar e sofre algumas brincadeiras de mau gosto”, adianta Silvero.

O ator ressalta o fato de a novela das nove fazer humor com um tom reflexivo: “O que eu espero é que esse tom reflexivo se sobreponha ao que parece ser engraçado. Para que as pessoas passem a pensar no que acontece não só ali em ‘Pantanal’, mas no que acontece cotidianamente do lado de fora da novela. Que as pessoas passem a discutir sobre isso”.

Ativista da causa LGBTQIAP+, Silvero também empresta a sua voz ao vídeo da campanha do canal Telecine em celebração ao Mês do Orgulho, que este ano traz como conceito “O cinema tem sempre uma boa história. E um final feliz cabe em todas”. O cearense, que completou 40 anos no último dia 20, se diz impactado pela vinheta, cheia de cenas de filmes com a temática e carregadas de superação.

“Meu depoimento nesta campanha é recheado de memória emotiva. Quando falo sobre o beijo, sobre a liberdade, com certeza resgato esse sentimento em mim”, conta, reforçando a importância de o movimento ganhar cada vez mais espaço nas telas: “Enquanto estivermos diante de um país que não respeita a diversidade e os gêneros, que não possui rigor nas leis que protejam nossa existência, é extremamente necessário que esse tema esteja em todos os lugares, seja na televisão, no cinema, na mesa de jantar, nas escolas ou nos ônibus. A causa ainda precisa ser tema por uma questão de educação”, reflete.

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